Eça Naturalista: O Crime do Padre Amaro e O Primo Basílio na imprensa coeva
Descrição
Procede-se neste livro ao estudo da receção coeva dos dois primeiros romances de Eça de Queirós, através dos quais se introduziu a estética naturalista em Portugal. Sem pretender estabelecer uma rutura com o realismo balzaquiano, Émile Zola fixou na sua saga dos Rougon-Macquart um conjunto de procedimentos técnico-narrativos, importados da flaubertiana Madame Bovary, que conformariam a poética romanesca prevalecente na Europa até ao final dos anos 80 do século XIX. A adoção precoce por Eça dessas regras (como é o caso da impersonalidade narrativa, da focalização interna da personagem e do discurso indireto livre), primeiro n’O Crime do Padre Amaro e posteriormente n’O Primo Basílio, fazem do escritor português o primeiro romancista naturalista fora do território francês. A reflexão teórica e crítica sobre o movimento naturalista português é acompanhada da reprodução das principais peças publicadas na imprensa portuguesa coeva sobre os referidos romances queirosianos.
Informação adicional
Autor | |
---|---|
Data | |
Edição | 1.ª Edição |
Série | |
DOI | 10.14195/978-989-26-1689-6 |
eISBN | 978-989-26-1689-6 |
ISBN | 978-989-26-1688-9 |
Páginas | 180 |