As Relações Luso-Marroquinas no Século XVI: Presença Portuguesa em Agadir e região de Sus (1505-1541)
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Descrição
As relações luso-marroquinas são indubitavelmente o reflexo duma relação secular que encontra suas raízes numa herança mediterrânica e num processo histórico variável no seu aspecto quer de confronto quer de contacto. E é também uma relação com uma componente fortemente estratégica. Portugal e Marrocos, dois países da finis terrae, com uma história binacional, encarnam um aspecto belo e épico desse contacto entre o Norte e o Sul do Mediterrâneo.
A presença dos portugueses em Marrocos de 1415 a 1541, -ano em que Portugal começou a perder suas fortalezas no Norte de África- surgiu para resolver problemas vitais (económicos e sociopolíticos) consequência da longa depressão europeia assim como para escapar e resistir à ameaça de anexação pelo reino de Leão-Castela, cujo poder se impôs em todas as Espanhas. É, pois, para garantir a sua sobrevivência nacional que Portugal empreendeu sua expansão, embarcando na conquista do Norte da África. A conquista de Agadir em 1505 e a expansão na região meridional de Marrocos obedeceu à contrário da fase setentrional a outros fatores de cariz estratégicos e económicos que visavam isolar o país magrebino de seu espaço afro-subsaariano e usufruir de suas riquezas. Tal intuito gerou uma reação local e mais tarde nacional personificada nos xarifes Saâdidas que desencadearam uma contraofensiva pluridimensional visando asfixiar a as fortalezas portuguesas economicamente e militarmente, combater os seus aliados os mouros de pazes, reatar o comercio caravaneiro com o Sudão Ocidental e diversificar as parcerias comerciais com os concorrentes europeus de Portugal. O resultado foi a reconquista de Agadir em 1541 e que antecipou o processo de abandono das outras praças marroquinas.
Informação adicional
Autor | |
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Data | |
Edição | 1.ª Edição |
Série | |
DOI | 10.14195/978-989-26-2289-7 |
eISBN | 978-989-26-2289-7 |
ISBN | 978-989-26-2288-0 |