Colónia mártir, colónia modelo: Cabo Verde no pensamento ultramarino português: 1925-1965
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Descrição
Sem as riquezas “inesgotáveis” de Angola e Moçambique ou a vigorosaprodução agrícola das ilhas de S. Tomé e Príncipe, o arquipélago de Cabo Verde ocupou,em todo o caso, um lugar à parte na ideologia ultramarina portuguesa a partirdos anos 30 do século passado. Dir-se-ia que a sua importância não passou tantopelo valor comercial, mas pela “imagem” de colónia africana mais “civilizada” eaté de colónia mais aparentada com a metrópole. Embora já desde o século XIX, ocabo-verdiano gozasse, pelo menos teoricamente, da plena cidadania portuguesa efosse reconhecido como “assimilado” aos “padrões civilizacionais europeus”,seria preciso esperar pelo desenvolvimento da propaganda estadonovista para quetal facto passasse a ser amplamente publicitado. Assim, aos olhos do regime deSalazar, Cabo Verde foi, sobretudo, um paradigma multirracial e multicultural abrandir contra a crescente vaga anticolonialista e descolonizadora dos anos 50e 60 do século XX.
Informação adicional
Autor | |
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Data | |
Edição | 1.ª Edição |
Série | |
DOI | 10.14195/978-989-26-0417-6 |
eISBN | 978-989-26-0417-6 |
ISBN | 978-989-8074-85-0 |