Escrever para não morrer
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Descrição
O livro trata do epistolário de Damião de Góis a partir da constituição retórica de seu prestígio público e da representação de sua auctoritas, avaliando a dimensão das relações sociais por ele estabelecidas desde sua estadia na Flandres a serviço da coroa até seu retorno a Portugal, cerca de duas décadas mais tarde (1525-1545). Nesse período, investiga-se como pode ter desenvolvido os aspectos técnicos de sua escrita epistolar, assim como seu uso na interação com importantes dignitários e homens de letras de seu tempo. Demonstra-se que sua imagem pública foi formulada a partir de diferentes ethe compostos diante das necessidades específicas dos diferentes contextos em que atuou. Representando-se ora como o obsequioso intérprete das gestas ultramarinas de seu reino, ora como o persuasivo diplomata pronto a interferir nas querelas letradas e religiosas de então, e, ainda, como o especialista capaz de se apresentar como auctor digno de imitação e emulação futura, Góis procurou entrelaçar o louvor à coroa ao reconhecimento de seu próprio prestígio, esperando, com isso, atrelar seu destino à imortalidade então providencialmente associada ao reino português.
Informação adicional
Autor | |
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Data | |
Edição | 1.ª Edição |
Série | Classica Digitalia: Humanitas Supplementum – Estudos Monográficos |
DOI | 10.14195/978-989-26-1530-1 |
eISBN | 978-989-26-1530-1 |
ISBN | 978-989-26-1529-5 |