Rãs

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REF: 200003322 Categoria:

Descrição

As Rãs, apresentadas nas Leneias de 405 a. C., constituíram, na carreira do seu autor, um momento de maturidade e de glória. Era tempo, agora que a morte dos três grandes nomes da tragédia se consumava, de fazer o balanço do que havia sido, na sua trajectória, o processo de vida de uma das mais vistosas glórias de Atenas ao longo de todo o século V a. C. Atento a corresponder às expectativas diversas de um público naturalmente heterogéneo, o poeta de Rãs apostava em duas componentes harmoniosas no seu plano utópico: os risos de uma viagem ao inferno e o resgate de um poeta de qualidade, que devolvesse à cena teatral ateniense os seus dias de grandeza. Dioniso, o deus do teatro em pessoa, é o fio condutor de toda a acção: ele que, primeiro, afronta as agruras de uma catábase – a tradicional descida aos infernos -, para depois, no reino dos mortos, se assumir como árbitro da qualidade teatral e julgar os méritos relativos dos dois poetas em disputa pelo ‘trono de honra’ da tragédia: Ésquilo e Eurípides. Aristófanes, por seu lado, depois de uma já longa experiência no teatro, conquistava, com esta produção, um aplauso compensador, que o colocava em primeiro lugar no concurso teatral. Mais do que a distinção de vencedor, o público garantiu-lhe, pelo entusiasmo com que aderiu à proposta de Rãs – uma produção ao mesmo tempo literária e política -, uma reposição a curto prazo, honra rara a premiar um momento de eleição.

Informação adicional

Autor

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Data

Edição

1.ª Edição, 1.ª Reimpressão

Série

DOI

10.14195/978-989-26-0788-7

eISBN

978-989-26-0788-7

ISBN

978-989-26-0787-0