Vidas paralelas: Alcibíades e Coriolano
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Descrição
Ao pôr em paralelo o percurso biográfico de Alcibíades e de Coriolano, Plutarco escolheu duas figuras, uma grega, outra romana, de contextos históricos não muito similares. Alcibíades pertence ao contexto de uma democracia em crise, numa Hélade em vésperas de se lançar na guerra civil generalizada ou já envolvida nela – a Guerra do Peloponeso – em que, inclusivamente, o velho inimigo persa era visto como aliado possível para ajudar a enfraquecer a facção grega contrária. Coriolano, por seu turno, pertence aos primórdios da República, numa Roma pré-helénica. A figura do primeiro tem contornos históricos nítidos, enquanto na do segundo se esbatem a História e os contornos lendários. Ambos ficaram órfãos demasiado cedo, na infância, distinguindo-se Alcibíades pelo refinamento da sua educação. Mas a essa paideia refinada corresponde uma capacidade camaleónica (a imagem é de Plutarco) de adaptação às circunstâncias, enquanto Coriolano, na sua dureza e intransigência, deixa transparecer, pela negativa, traços do ancestral perfil do Romano. A inegável coragem de ambos não foi sempre posta ao serviço da pátria. Mal compreendidos ou ressentidos com os seus concidadãos, ambos vieram a representar uma ameaça para as respectivas pátrias, aliando‑se, respectivamente com Espartanos ou Persas, ou com os Volscos, para granjear a sobrevivência ou a vingança.
Informação adicional
Autor | |
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Data | |
Edição | 2.ª Edição |
Série | |
DOI | 10.14195/978-989-8281-55-5 |
eISBN | 978-989-26-0289-9 |
ISBN | 978-989-26-0278-3 |