Eça de Queirós: riso, memória, morte
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Descrição
Assumindo como ponto de partidaa aprendizagem da ficção, este livro procura entender a escrita queirosianacomo um ofício de memória. Para isso, AsFarpas surgem, pois, como um palco e como um laboratório. Como um palco,visto que se assiste ao teatro da realidade política e social traçado como ummundo às avessas, em que a subversão dos valores implica a assunção da vidacomo farsa; como laboratório, porque a observação da sociedade permite oarquivo (como documento posto em análise para ser diagnosticado) de umatipificação do real.
Do riso como opinião acabará por resultar a forja de personagens que,recriação das figuras anatomizadas n’ AsFarpas, serão sujeitas a um trabalho de individualização – como é o caso deLuísa, n’ O Primo Basílio. Mas nãoapenas. A aclamada ironia como chave de leitura da obra de Eça encobre eanuncia a ubíqua presença da morte enquanto insuportável revelação da históriade cada personagem – mesmo que a domesticação de Thanatos implique a apropriação cénica do cemitério romântico comoprolongamento da cidade dos vivos.
Informação adicional
Autor | |
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Data | |
Edição | 2.ª Edição |
Série | |
DOI | 10.14195/978-989-26-0270-7 |
eISBN | 978-989-26-0931-7 |
ISBN | 978-989-26-0270-7 |
Páginas | 262 |